Campus Party: casemods feitos com sucata têm custo zero e funcionam

O campuseiro Thyago Virbickas classifica o material que usou para montar os casemods que expôs na sétima Campus Party como "pura sucata". O campuseiro participa do evento no Brasil desde sua fundação, em 2008, e conta que todo ano sai catando o lixo da vizinhança, em Francisco Morato, para montar computadores estranhos.

 Em 2013, optou por homenagear a antiga União Soviética, tematizando seu hardware com símbolos do então regime comunista. Seu foco no aspecto da reciclagem, no entanto, chama mais atenção, principalmente por junto a outros casemods que chegam a ultrapassar os R$ 20, mil em alguns casos.

O Rádio 86

“O Rádio 86 é uma ideia que nasceu de uma piada interna boba, devido ao fato de a União Soviética ter construído um computador com este nome, de fato, e eu ter achado no lixo um computador que é exclusivamente x86”, contou o modder, com bom humor. O x86, no caso, se refere à hoje obsoleta estrutura de arquivos com bandas de 32-bits, que foram regra até época do Windows XP.

Virbickas removeu os componentes essenciais do PC que encontrou numa caçamba e os enfiou dentro de um rádio, também jogado fora, de uma forma que todos as partes ficassem para dentro e a tela, logo atrás da malha de proteção. Sem controles externos nem portas USB ou de qualquer outra natureza, o único controlador capaz de interagir com o Radio 86 é o controle do Wii, console de videogame da Nintendo cuja comunicação por movimentos acontece via infra-vermelho.

O hardware dentro do rádio é composto por um processador Pentium 4, com 4 GB de memória RAM e uma placa-mãe. O monitor fica preso do lado de fora, coberto por uma tampa removível. No total, o custo do "mod" foi de exatos R$ 7,50. “Foi o preço do adesivo contact de madeira e da cola, basicamente”, explicou.

PC Gaveta

O PC Gaveta homenageia o ambiente do escritório, pois foi feito para substituir o fundo de uma gaveta. “Você puxa a gaveta e liga ele, mexe no que tem que mexer e desliga. Não tem erro”, disse Virbickas.

Equipado com um processador Atom de 1,6 Ghz e 2 GB de memória RAM do lado de baixo, o "PC Gaveta" tem fixos no lado oposto: um monitor de LCD, um teclado e um sensor de toque de netbook, de onde saíram todos os componentes, que também foram retirados do lixo junto com ele.

Virbickas falou com orgulho que conseguiu construir sua "gaveta tech" com custo zero. Nada foi comprado, nem mesmo a cola, que sobrou de outros projetos. O único problema que este modelo específico apresenta, no momento, é o rápido superaquecimento no caso de processamento intenso.
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